sexta-feira, 11 de junho de 2010

Proporção áurea


A proporção áurea ou número de ouro ou número áureo é uma constante real algébrica irracional com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618, convencionando-se identificá-la por Phi. É um número que há muito tempo é empregado na arte. Também é chamada de: razão áurea, razão de ouro, divina proporção, proporção em extrema razão, divisão de extrema razão. Trata-se de um objetivo de estudo desde os tempos mais remotos de nossa história. Esta razão representa a mais agradável proporção entre dois segmentos ou duas medidas.
A proporção áurea é uma constante transcendente assim chamada por ser transcendente, e seu estudo é muito freqüente por estar relacionado diretamente com os fatos relacionados ao crescimento. E isto se de em parte por ser um número relacionado com a série de Fibonacci.
No Egito Antigo, temos que as pirâmides foram construídas levando em consideração a razão áurea. E que na Grécia, os Pitagóricos conheciam a existência de quatro sólidos geométricos perfeitos: tetraedro, hexaedro, octaedro e icosaedro, aos quais associavam, segundo eles, cada um dos elementos componentes da Natureza.
Havia também naquela época, pelo homem, uma necessidade da relação da suas crenças com o divino, da busca pelo ser supremo, pela perfeição em meio ao caos. Então, quando os Pitagóricos descobriram o quinto e último sólido geométrico perfeito deviam associá-lo a algum outro elemento do universo. Seguindo suas crenças, nada melhor do que associá-lo com os Deuses, já que não havia mais elementos tangíveis com os quais pudessem estabelecer as suas relações.
Este último sólido descoberto foi o Dodecaedro, a quem Platão chamou de "o mais nobre corpo entre todos os outros". Portanto, entre os sólidos geométricos conhecidos, somente o dodecaedro e o icosaedro são aqueles que apresentam mais relações com o número Phi. A escolha do dodecaedro para representar a ligação com os Deuses parece ter se dado por razões filosóficas (que transcendem o objetivo deste trabalho) e por uma razão matemática simples: enquanto este é constituído de pentágonos perfeitos, que se relacionam fortemente com Phi, aquele é composto de triângulos eqüiláteros, que não possuem relação direta com o número Phi.
O número áureo recebe o nome de Phi em homenagem ao arquiteto grego Phidias, construtor do Parthenon e que utilizou o número de ouro em muitas de suas obras. Algumas correntes místicas acreditam que objetos cujas dimensões estão relacionadas a Phi harmonizam-se provocando a sensação de beleza e harmonia.
O número áureo voltaria a ser aplicado mais tarde, principalmente nas pinturas renascentistas, como se poderia observar em algumas obras de Leonardo da Vinci. Sendo que está proporção se aplica a tudo que está na natureza e no mundo material.

O segmento áureo

O número áureo pode ser obtido por meio de um segmento, seguindo a seguinte definição: se um ponto divide um segmento de reta em média e extrema razão, se o mais longo dos segmentos é uma média geométrica entre o menor e o segmento todo, então a razão do segmento menor com o segmento maior é a razão áurea.

Fonte: http://www.ime.unicamp.br/~eliane/ma241/trabalhos/aureo.pdf

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Produção de ácido sulfúrico



É o terceiro índice de desenvolvimento de uma nação, em volume (l). Sua produção está concentrada nas regiões Norte, Nordeste, Sudoeste e Centro-oeste. E é aplicado em fertilizantes (78%), fabricação de outros produtos químicos (7%), metalurgia (5%), papel e celulose (3%), tratamento de água (1%), indústria de açúcar e do álcool (1%) e outros (4%).

Foi descoberto por Jabir Ibn Hayyan (Geber), e também, por Zakariya Al-razi (Al-razi), que o obteve por meio da destilação seca de minerais, entre os quais, o sulfato de ferro (II) heptahidratado (FeSO4.7H2O); sulfato de cobre (II) pentahidratado (CuSO4.5 H2O); ou ainda misturas destes sais e misturas deles com água.

Enxofre: Matéria-prima básica mais importante da indústria, existente na natureza em forma livre e combinado em minérios, como a pirita (FeS2); e constituinte do petróleo e do gás natural (H2S).

Método de extração: Pode ser extraído de rochas sulfurosas (Calcita), por meio da introdução na rocha de ar quente comprimido e água quente para fundir o enxofre.

Método Calcaroni – Mecanizado, baixo teor de pureza e baixo custo operacional;

Método Herman fresh – Alta tecnologia, alto teor de pureza e alto custo operacional.

Oleum: Ácido sulfúrico fumegante (ácido não diluído em água, mas misturado com SO3). Ele é caracterizado por meio de sua porcentagem máxima de SO3. Ex: OV 28% - 28% de SO3 + 72% de H2SO4.

Processo: Divido em 3 passos.

Queimador: O ar é filtrado e convertido por uma torre de secagem para remoção de umidade. Como fluído de secagem usa-se o próprio ácido sulfúrico concentrado – agente secante ou desidratante – produzido no processo. O ar comprimido e seco – para minimizar o gasto de energia – entra num forno refratário alimentando continuamente com enxofre líquido. O ar de combustão e o dióxido de enxofre produzido são resfriados para poder ser convertido na seqüência em trióxido de enxofre.

Conversor a 4 etapas: É o coração catalítico do processo. A conversão química que ocorre é exotérmica e reversível. É feita em 4 estágios (para aumentar a eficiência do processo e evitar o reciclo), resfriando-se o fluxo de gases na saída de cada estágio. Antes de entrar no quarto estágio o trióxido precisa sair do sistema.

Absorção do trióxido de enxofre: Após o terceiro estágio o fluxo de gases é direcionado para uma torre de absorção onde o trióxido de enxofre é removido do sistema pela extração com áciod sulfúrico. O fluxo de gases contendo trióxido de enxofre obtido flui para a última torre de absorção – torre de Glower – com ácido sulfúrico. Há adição de água nas torres, o que permite produzir quantidades desejadas de ácido sulfúrico e oleum.


quinta-feira, 3 de junho de 2010

Gerenciamento de resíduos

Os pequenos geradores de resíduos - instituições de ensino e pesquisa, ou laboratórios de análises bioquímicas e físico-químicas - tem em suas em suas mãos um terrível problema, relacionado ao tratamento e a disposição final dos resíduos gerados em seus laboratórios. A maioria dessas instituições não tem uma política institucional clara que permita um tratamento adequado a este problema. De acordo com este panorama, o primeiro passo para enfrentar o desafio é assumir conscientemente a responsabilidade para com os rejeitos gerados nos laboratórios.

Resíduos:

São substâncias, embalagens e materiais resultantes de atividades de laboratório, considerado sem utilidade por seu possuidor, mas com aparente risco para os organismos vivos, materiais, estruturas e/ou ao meio ambiente; ou ainda que pode tornar-se perigosa por interação com outros materiais.

É importante adotar 3 conceitos importantes em relação ao gerenciamento de resíduos: gerenciar resíduos não é sinônimo de "geração zero de resíduos"; só se pode gerenciar aquilo que se conhece, e responsabilidade objetiva na geração do resíduo.

E primeiramente, deve seguir uma herarquia - uma série de atitudes: otimização da unidade geradora; minimizar a proporção de resíduos; segregar e concentrar correntes de resíduos; resuo interno, ou via transferência externa de resíduos; manter todo resíduo produzido na sua forma mais passível de tratamento; e dispor o resíduo de maneira segura.

Na armazenagem, os frascos apropriados a cada resíduo, deve ser identificado como uma rotulagem com todas as informações necessárias sobre o produto e esteja de acordo com a simbologia de risco da NFPA - National Fire Protection Association. Diagrama de Hommel com as cores determinando seu risco. Estes frascos devem também ser mantidos em caixas apropriadas e identificadas, de acordo com a incompatilbilidade, com o objetivo de evitar acidentes durante o transporte. Nos laboratórios devem ser armazenados os resíduos de metais para recuperção e os resíduos passíveis de tratamento/destruição. O volume de resíduo nunca deverá ultrapassar 3/4 da capacidade do recipiente; não se deve armazenar frascos de resíduos próximos a fonte de calor ou água, e estes frascos devem permanecer sempre tampados adequadamente.

A disposição final de resíduos é um termo técnico usado para designar a forma e o local escolhidos para receber definitivamente qualquer resíduo descartado. E a mesma, está sujeita a fiscalização estadual. Aquele resíduo que não for rotulado como perigoso deve ser descartado como resíduo comum. Se a opção de descarte na rede de esgoto ou no lixo comum forem a mais adequada, algumas regras devem ser seguidas rigorosamente.

O cuidado para com o descarte de resíduos químicos oriundos de laboratórios de ensino e pesquisa, ou de análises bioquímicas e físico-químicas, é antes de tudo, um compromisso moral para com a sociedade, além de uma alternativa de não causar impactos ambientais. Portanto, o desenvolvimento ou implementação de um programa de gerenciamento de resíduos químicos torna-se necessário as pequenas geradoras, sendo assim, a solução para que elas atuem de modo mais coerente. E um programa de gerenciamento de resíduos não é uma atividade que envolve apenas algumas pessoas da unidade geradora, mas deve ser sempre tratada como uma atividade cujo sucesso depende de todos.